3.07.2008

Perdi a liberdade dos quintais
e a planura dos campos verdes.
Secaram-se os rios da minha infância
e aquela mangueira anosa,
já não estende sua fronde
sobre o cansaço da estripulia.
Meus passos não tocam mais a terra.

Trajo-me agora de pedra e cal.
Paredes maciças e janelas gradeadas.
Tenho na pele a cor do alabastro.
Sou ultrajada prisioneira desta cela
onde alastra o verso,
onde sufoca o espaço...

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