9.17.2009

Dividimos o mistério da vida
como quem partilha o pão
e convivemos entre estrelas
relâmpagos e remansos,
conchas, limos e perdão.

Cercamo-nos do vento
e do vôo das andorinhas.
Acariciamos pétalas de rosas
e agapantos enluarados
e a música foi a nossa cercania.

Pautamos poemas com dedos de âmbar
e entre silêncios, incêndios e palavras
nos vestimos de encanto
e desnudamos o que havia de compacto.
E por sermos essencialmente abstratos,
ousamos escrever nosso nome
sobre as águas.

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