7.16.2013

NOTURNAMENTE




Habituara-se à música estranha da noite:
um pio aqui, outro lá do pássaro noturno;
o diálogo soturno dos cães que se comunicavam. 

Quando pássaros e cães adormeciam
havia a possibilidade de ouvir
a fricção delicada do silêncio contra o silêncio. 

Nessa hora calma,
palmo, a pequeno palmo,
a poesia se instalava. 



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