7.25.2014

INQUIETUDE


Descubro que o silêncio 
(aquele que ignora as palavras)
aprisiona suas lavras 
e conduz à solidão, 
não resiste quando é provocado
por agravo ou numa esquina,
com um verso ou uma rima. 

E então, esse silêncio 
sem medo ou fantasia, 
explode em poesia. 

Na companhia de Afrodite, 
se afogueia em faíscas,
deságua em chuviscos
e se desfaz em arrulhos, 
só para cantar o amor que persiste.

O silêncio é disfarce da alma
que vive na inquietude. 

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