DESVARIO
Tinha,
no corpo
o
gosto de sopro
de
um saxofone lirical.
Tinha
no ermo do seu deserto
a
sede de camelo,
saliva
salobra...
Tinha
na música não tocada
os
tons dos anjos
e
na gosma da garganta,
um
enclausurado bemol.
Tinha,
vez em quando,
todos
os sons gargalhando liras,
juntando
tolos fragmentos
como
loucos tecendo sonhos...
E
por tudo isso,
gaguejava
palavras,
tartamudeava
sílabas
e
se acreditava poeta.
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