12.22.2007

Eles caminharam longos dias sob sol ardente
e céu premente de espera da estrela-guia.

Ela, virgem de Nazaré, prometida em casamento
ao bom e silencioso José,
levava ainda na alma, o desnorte e o conforto
das palavras de Gabriel.

Carregava entranhado no corpo de menina
a sombra do espírito,
submissão de escrava, obediência sibilina.

Por haver faltado em Belém hospedaria,
num estábulo, encapelado de poesia,
Ela deu à luz o menino,
que recebeu por berço, a manjedoura,
o calor dos rebanhos,
a acolhida dos pastores assustados,
em louvores dizendo:
“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra
aos homens do Seu agrado”.

Na noite móbil daquele nascimento,
onde se agitavam anjos, pastores e rebanhos,
brisa leve e estrela cadente,
envolto em panos e encantamento,
deitava-se o Rei.

Num instante de contemplação,
meditemos nessa história repleta de paz,
e como Maria pertinaz e santa,
juntemos todas essas coisas,
ponderando-as humildemente no coração.



Feliz Natal!

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