12.03.2007


Saio da cela que me impus
e vou para fora,
onde a erva brota fresca da raiz,
como o rio do veio fino
na terra umedecida.

Lá fora, onde os lábios
da rosa entreaberta
bafejam para mim
seu hálito de primavera.
Onde esvoaçam loucos
os pardais e seus filhos
em volta dos choupos.

Vou ao encontro
das alegres abelhas
e deixo sobre minha mesa
a vela da dor que arde acesa.
Ela há de alumiar
o que restou do cárcere
onde a certeza se edificou.

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