12.23.2008

Era um poema frequente,
repetido,
com o menino nos braços
de uma virgem.
Desse poema presente
e sempre ouvido,
os tempos e os espaços
tinham origem,
pois à origem do poema
sempre havia
essa virgem e o infante
e a poesia.
E era o início e era a extrema
da criação,
era o eterno e era o instante
da canção.

Jorge de Lima

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