12.17.2008

Tinhas o nome de flor quando partiste.
Trazias entranhado nas pétalas,
todo o perfume das noites
em que semeamos ternura.

Do pistilo dourado de teus dedos,
a brisa conduziu o pólen
para a terra arada pelo tempo.

Esperei a colheita da volta e,
amarguei com os espinhos da saudade.

Por certo, em doloroso processo de enxertia,
tenhas estendido teus ramos
na areia molhada
e uma estrela do mar
é hoje o teu novo jeito de sonhar.

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