1.13.2009

Espero na morosidade dos dias,
que retornes;
ou, se estás aqui comigo,
coberta de silêncio e máscara,
que reveles (como Sancha)
o teu rosto, que eu preciso ver.
Conta-me dos anjos que te rodeiam
de noite e de dia,
debalde ensinando
Padre Nosso e Ave Maria,
para que te convertas
deste lado pecaminoso
a chamar-te Poesia.
Vem e te aposses de tudo
que andou perdido:
do tempo, das horas, do pensamento
e deste papel em branco,
sedento dos teus gemidos.

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