8.07.2009

Pluma irrequieta,
ao feitio de resposta malcriada
que não sossega, impaciente,
carrega-me contigo
na tarde de outono
num vento indolente!

Leva-me para o infinito
até eu me sentir
em profundo azul transmutada.
Olvida o pássaro a quem pertenceste.
faça-me esquecer o amor
a quem me mantive atada.

Ah! Pluma irrequieta!
Se te perderes na tarde do outono,
no vasto céu, ou numa alva açucena,
deixa-me, por favor, de delicada sílfide,
a tua resposta mais amena.


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