O casarão ficava de frente para a igreja matriz. Todos os dias, ela tomava banho, se perfumava, colocava a blusa vermelha decotada e fincava os cotovelos no parapeito da janela um pouco antes do “Ângelus”. Nas mãos pensas segurava o terço, que dedilhava sem muita convicção. Todos na cidade admiravam a fé e a castidade da moça do sobrado. Quando o marceneiro descia a rua na sua Monark – Pneu balão, ela puxava o decote, e os seios saltavam alegres, quase livres. O fogo do inferno a consumia, só por alguns instantes. Depois voltava a rezar.
2.26.2010
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zeuqnam suov
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