ALBERGUE
No canto direito do quarto,
onde as linhas da parede
de cruzam,
uma etérea aranha
teceu ardilosa teia.
Ordeno os fios
no meu inconsciente
e construo com eles um castelo
da espessura da pétala da papoula,
onde,
temerariamente,
abrigo a insensatez da espera.
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