7.30.2014

REMANSO



Há horas em que se estagna
 a superfície sempre agitada dos sentidos
 e o hipotético rio,
antes caudaloso,
desce as corredeiras
sem sobressalto e sem medo;
sem saudade e sem desejo.

Há quem,
com olho perspicaz,
chame a essa calmaria
de espasmo ou marasmo.
Mas, para esse remanso
que se anuncia na azáfama do dia,
dou o nome de paz. 

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Ouço das estrelas
um tilintar de problemas.
São delas meu desapreço
pela vida de adereços?

Chamo pela nave-mãe
na busca da mente sã.
É do silêncio severo
as lacunas que intero?

Invento desculpas para desvios,
mas nesse desespero, vejo o rio
sorrindo da minha incapacidade.

Será que busco a infelicidade,
montado no cavalo da ingenuidade,
ou apenas no desejo do infantil?

Nem tudo é ou foi certo
do que ficou para trás.
Mas de tudo, nada, nem de perto,
é melhor do que esta paz...

4:03 PM  

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