REMANSO
Há horas em que se
estagna
a superfície sempre agitada dos sentidos
e o hipotético rio,
antes caudaloso,
desce as corredeiras
sem sobressalto e sem
medo;
sem saudade e sem
desejo.
Há quem,
com olho perspicaz,
chame a essa calmaria
de espasmo ou marasmo.
Mas, para esse remanso
que se anuncia na
azáfama do dia,
dou o nome de paz.
1 Comments:
Ouço das estrelas
um tilintar de problemas.
São delas meu desapreço
pela vida de adereços?
Chamo pela nave-mãe
na busca da mente sã.
É do silêncio severo
as lacunas que intero?
Invento desculpas para desvios,
mas nesse desespero, vejo o rio
sorrindo da minha incapacidade.
Será que busco a infelicidade,
montado no cavalo da ingenuidade,
ou apenas no desejo do infantil?
Nem tudo é ou foi certo
do que ficou para trás.
Mas de tudo, nada, nem de perto,
é melhor do que esta paz...
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