SAUDADE À LUZ DA LAMPARINA
As lembranças se sobrepõem,
empilhadas nos porões da inconsciência.
De repente,
sem convite ou edital
elas se abrem como leque
que abrisse lento.
Vejo-me na velha casa
da rua quinze de novembro
e a luz que vem da lamparina da infância,
(no canto esquerdo do nicho)
brilha sobre o rosto contrito
de minha mãe a rezar.
Perco-me naquela linha infinitesimal
que separa a água do azeite.
Uma brisa agita a chama,
como se o leque de recordações
indiferente,
a saudade abanasse.
As lembranças se sobrepõem,
empilhadas nos porões da inconsciência.
De repente,
sem convite ou edital
elas se abrem como leque
que abrisse lento.
Vejo-me na velha casa
da rua quinze de novembro
e a luz que vem da lamparina da infância,
(no canto esquerdo do nicho)
brilha sobre o rosto contrito
de minha mãe a rezar.
Perco-me naquela linha infinitesimal
que separa a água do azeite.
Uma brisa agita a chama,
como se o leque de recordações
indiferente,
a saudade abanasse.
1 Comments:
Possuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência.
Tudo que existe, existe talvez porque outra coisa existe. Nada é, tudo coexiste: talvez assim seja certo.
Eu sou aquilo que perdi...
Postar um comentário
<< Home