5.05.2010

LENITIVO

O que me põe aqui
em meio a um jardim que não floresce,
ou à frente da semente que não vinga?
O que me faz perder as horas,
indiferente,
como se soubesse do fim à míngua?
Por que me dói deixar o caos,
como ao cais o navio que singra leve?
Por que essa permanência no desconforto,
que me põe atenta ao inexistente?
Talvez ainda espere...

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Não se desespere!
O mal que expõe, inventa afluentes
de pressa e impaciência no rio sem porto.
Não faz desvio, nem sangra a neve.
É assim, com nó nas mãos
como também se desce, por fim, a mágoa.
Descansa, sem arder pela demora, indigente,
e que entende do ausente, a lágrima que pinga.
Em teu seio, enfim, não esquece,
descansa corações afins.

11:40 AM  

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