8.24.2006

Aqui termina o caminho. Os sinos cantando, as sombras todas se diluindodentro da tarde.
Dentro da tarde, o teu grave pensamento de exílio. Por que ainda esperas?
Aqui termina o caminho, aqui morre a voz, e não há mais eco nem nada.
Por que não esquecer, agora, as imagens que tanto nos perturbarame que inutilmente nos conduziram para nos deixar, de súbito, na primeira esquina? Essa voz que vem, não sei de onde, esses olhos que olham, não sei o quê, esses braços que se estendem, não sei para onde... Debalde esperarás que o oco de teus passos acorde os espaços que já não têm voz. As almas já desertaram daqui. E nenhum milagre te espera, nenhum.

Emílio Moura

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