8.14.2006




O vento, ouvidor das palavras que voavam, já não escuta os seus ais. O leitor passageiro albergou-se junto à lareira, com café quente e cobertor macio e não se importa mais com o lirismo da vida. Um carteiro descuidado errou o destinatário e o que era endereço certo, é hoje busca sem resultado. A palavra cansada da chuva e do sol acinzentou-se e a menina que gostava de poesia, tal qual flor de lótus, voltou para as águas lodosas da reclusão. Em qual terreno largou suas pétalas?

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