7.11.2008

Quando se deitava e fechava os olhos
um pensamento se formava
e por meio dele as imagens surgiam
cada vez mais perfeitas.

Então, ele se acostumara a dormir,
pois não podia mais se alcançar
sem ser através da agudez do sono.

O sonho não tinha hiatos
e se desenrolava
como na canção de Chico Buarque:
da varanda atirava pérolas,
um jato roçava as catedrais
e nada precisava corrigir.

O dia lhe pesava nas finas pálpebras
como ferro sobre paina.

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