11.21.2009

Nasci na noite
em que dissipavam vaga-lumes.
Tive por berço
a terra eivada de grilos.
Cresci como lagarta
e ninguém ouviu meus gritos,
no instante que desvencilhei de mim
para despertar ninfa.
Colori-me de azul em azul
quando alguém soletrou meu nome
com notas musicais.
Habito agora esta cela
de cimento e mofo.
Pelas grades dos temporais,
um homem de granito
me beija o rosto.

1 Comments:

Blogger Aquarela said...

Belo poema... parabéns!
tudo de bom!

11:51 AM  

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