12.25.2013

PLANURA


Como João,
Mune-te de formões e facas,
plainas e serras,
prumos e réguas,
máquinas se preciso for.

E, neste Natal,
aplaina os caminhos que levam ao coração e à mente.
Rasga córregos nas colinas secas do rancor,
abre fontes nos vales do preconceito,
deixa minar a água pura sobre
as raivas e ressentimentos.
Rebaixa as montanhas escuras do orgulho
e endireita as passagens tortuosas das culpas.

Assim,
plano e pleno,
vale aterrado e veredas alinhadas,
verás,
como musgo brotar na pedra
Jesus nascer no teu coração.

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