6.13.2017

INSINUANTE




Assombra-me um poema silencioso
que, (como envelope sem endereço)
vem à porta do pensamento
e implora asilo.

Insinua-se na ponta do lápis
e a palavra,
(seu devir),
vacila um pouco prosa,
um pouco rosa,
sutil e reticente
como a sarça que arde
sem se consumir.

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