7.17.2006





Saíste das brumas com vestes de valete. Trazias na valise, bandeiras rasgadas e broqueis amassados, sobras dos combates travados na escuridão. Vieste ferido na língua e amputado numa das mãos. As lutas impuseram freios nas tuas palavras, e toldos na tua escrita. Seu condado ficou limitado entre o catre e a solidão. Mas, carregavas na alma a vitória invisível feita de poesia e de amor à vida. Hoje, nesta tarde invernal, partes para tua última batalha, de antemão, cheia de glória. Descansa em paz, meu amigo D´Eu.

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