10.04.2006






Além do mundo, onde choram os inconformados... Além da desesperança, um casulo... Um casulo de intrincada trama, tecido pela taturana, por proteção ou esconderijo. Em tempo ninfal, a crisálida aguarda no estado de larva. Logo virá a borboleta de matizes diurnos a confundir-se com as flores do quintal. Além do mundo, onde aderna e miséria, além da comédia ou da dor extrema, um poema... Um poema de invólucro filamentoso onde eu crisálida, me alijo (lagarta intemporal), por tessitura ou bravata. Logo virá a poesia nascida do estado letárgico. Ninfa noturna de hábito matinal.

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