1.18.2008


É preciso dar-lhe abrigo
antes que seus pés
tomem a forma do asfalto;
antes que o desrumo
o leve a pensar que é Deus.

É preciso dar-lhe asilo
antes que seus braços se tornem asas,
antes que ele se faça de pássaro.

É preciso apagar seu vício,
legar doses de fé e alquimia,
dar brilho à sua vida sem viço
antes que a poesia se acabe,
antes que ele escureça,
antes que tudo se torne quase.

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