8.13.2012
8.12.2012
OLHAR
Ainda mora em mim
o indefinido gesto
e o olhar assustado,
de quando o pássaro
engaiolado
ganhou o céu e a imensidão.
Como viver sem seu canto
que enfeitava manhãs?
Como não querer sabê-lo livre,
bico solto em maduras romãs?
Na gaiola vazia
ficou preso o que havia de mais bonito:
o olhar triste de meu pai,
azul e infinito.