1.29.2009
1.28.2009
1.25.2009
Teu rosto é o íntimo da hora
mais solitária e perdida,
que surge como o afastar-se
de ramos, brando, na noite.
Não choro tua partida.
Não choro tua viagem
imprevista e sem aviso.
Mas o ter chegado tarde
para o fechar-se da flor
noturna do teu sorriso.
O não saber que paisagens
enchem teus olhos de agora,
e este intervalo na vida,
esta tua larga, triste,
definitiva demora.
Marly de Oliveira
mais solitária e perdida,
que surge como o afastar-se
de ramos, brando, na noite.
Não choro tua partida.
Não choro tua viagem
imprevista e sem aviso.
Mas o ter chegado tarde
para o fechar-se da flor
noturna do teu sorriso.
O não saber que paisagens
enchem teus olhos de agora,
e este intervalo na vida,
esta tua larga, triste,
definitiva demora.
Marly de Oliveira
1.22.2009
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mário Quintana
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mário Quintana
1.21.2009
1.16.2009
Estendi cordas de campanário a campanário; grinaldas de janela a janela; correntes douradas de estrela a estrela, e danço.
Arthur Rimbaud
Arthur Rimbaud
1.13.2009
Espero na morosidade dos dias,
que retornes;
ou, se estás aqui comigo,
coberta de silêncio e máscara,
que reveles (como Sancha)
o teu rosto, que eu preciso ver.
Conta-me dos anjos que te rodeiam
de noite e de dia,
debalde ensinando
Padre Nosso e Ave Maria,
para que te convertas
deste lado pecaminoso
a chamar-te Poesia.
Vem e te aposses de tudo
que andou perdido:
do tempo, das horas, do pensamento
e deste papel em branco,
sedento dos teus gemidos.
que retornes;
ou, se estás aqui comigo,
coberta de silêncio e máscara,
que reveles (como Sancha)
o teu rosto, que eu preciso ver.
Conta-me dos anjos que te rodeiam
de noite e de dia,
debalde ensinando
Padre Nosso e Ave Maria,
para que te convertas
deste lado pecaminoso
a chamar-te Poesia.
Vem e te aposses de tudo
que andou perdido:
do tempo, das horas, do pensamento
e deste papel em branco,
sedento dos teus gemidos.
1.11.2009
1.10.2009
O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...
Miguel Torga
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...
Miguel Torga