4.28.2014

algodão doce

4.24.2014

ESTERTORES

Folhas esmagadas pelos pés,
levam-me ao quintal da infância.
Eram folhas acumuladas
por agosto e mais agosto de ventania.
Elas foram aos poucos perdendo o verde
que lhes dava vida e alegria
e amalgamaram-se num cinza
de umidade e abandono.
Tinham vozes as folhas do quintal
da minha infância querida.
Quando pisadas por pés distraídos
gemiam em uníssono
uma canção de despedida.

Eram quase folhas mortas...

4.17.2014

eclipse

4.08.2014

SILÊNCIO



        Tarde descubro
          que por detrás do alburno da palavra,
          (lá onde a seiva mina)
          há um vazio soturno
          feito de encantamento
         chamado silêncio
         que diz tanto
          e é tão fecundo
         que uso de seu substrato
         a compor minha obra prima. 

4.06.2014

Hoje é domingo eu não tenho um vestido novo de babado no decote para ir à missa. O fogão fechou suas bocas de fogo e sei que é dia de jejum. Tenho saudades do tempo que conhecia o domingo pelo manjar branco coberto por seis ameixas pretas. Éramos sete ao redor da mesa. Nessas ocasiões, meu pai amiudava-se e dizia: Não gosto de ameixas pretas! 

4.05.2014

paralelas

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