6.13.2017
6.03.2017
DESASSOSSEGO
Em
frente à casa velha
de
porta e janelas faceando a rua
um
velho fumega seu palheiro.
Hospitaleiro
e sem alarde,
soa
na capela pacífica
o
sino da tarde.
Em
alguma estação distante,
à
esta hora, um trem retorna
e
traz o viajante
para
os braços da amada.
No
telhado corado
à
luz da tardinha,
um
sabiá arremata seu canto.
Morrem
longe
o
rumor alegre de fim de feira
e
o murmúrio afanoso
do
lavrador na aldeia.
Tudo
é lida e vagar,
repouso
e fadiga,
lanço
de escada,
patamar...
Por
que então, ó meu Deus,
não
dorme nunca em meu peito,
esta
alma desassossegada?